Translate the tutorial to Brazillian Portuguese
Signed-off-by: Thadeu Lima de Souza Cascardo <cascardo@holoscopio.com> Signed-off-by: Junio C Hamano <gitster@pobox.com>
This commit is contained in:
parent
133cfaeb8b
commit
e658002005
679
Documentation/pt_BR/gittutorial.txt
Normal file
679
Documentation/pt_BR/gittutorial.txt
Normal file
@ -0,0 +1,679 @@
|
||||
gittutorial(7)
|
||||
==============
|
||||
|
||||
NAME
|
||||
----
|
||||
gittutorial - Um tutorial de introdução ao git (para versão 1.5.1 ou mais nova)
|
||||
|
||||
SYNOPSIS
|
||||
--------
|
||||
git *
|
||||
|
||||
DESCRIPTION
|
||||
-----------
|
||||
|
||||
Este tutorial explica como importar um novo projeto para o git,
|
||||
adicionar mudanças a ele, e compartilhar mudanças com outros
|
||||
desenvolvedores.
|
||||
|
||||
If, ao invés disso, você está interessado primariamente em usar git para
|
||||
obter um projeto, por exemplo, para testar a última versão, você pode
|
||||
preferir começar com os primeiros dois capítulos de
|
||||
link:user-manual.html[O Manual do Usuário Git].
|
||||
|
||||
Primeiro, note que você pode obter documentação para um comando como
|
||||
`git log --graph` com:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ man git-log
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
ou:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git help log
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Com a última forma, você pode usar o visualizador de manual de sua
|
||||
escolha; veja linkgit:git-help[1] para maior informação.
|
||||
|
||||
É uma boa idéia se introduzir ao git com seu nome e endereço público de
|
||||
email antes de fazer qualquer operação. A maneira mais fácil de fazê-lo
|
||||
é:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git config --global user.name "Seu Nome Vem Aqui"
|
||||
$ git config --global user.email voce@seudominio.exemplo.com
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
|
||||
Importando um novo projeto
|
||||
-----------------------
|
||||
|
||||
Assuma que você tem um tarball project.tar.gz com seu trabalho inicial.
|
||||
Você pode colocá-lo sob controle de revisão git como a seguir.
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ tar xzf project.tar.gz
|
||||
$ cd project
|
||||
$ git init
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Git irá responder
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
Initialized empty Git repository in .git/
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Você agora iniciou seu diretório de trabalho--você deve ter notado um
|
||||
novo diretório criado, com o nome de ".git".
|
||||
|
||||
A seguir, diga ao git para gravar um instantâneo do conteúdo de todos os
|
||||
arquivos sob o diretório corrente (note o '.'), com 'git-add':
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git add .
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Este instantâneo está agora armazenado em uma área temporária que o git
|
||||
chama de "index" ou índice. Você pode permanetemente armazenar o
|
||||
conteúdo do índice no repositório com 'git-commit':
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git commit
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Isto vai te pedir por uma mensagem de commit. Você agora gravou sua
|
||||
primeira versão de seu projeto no git.
|
||||
|
||||
Fazendo mudanças
|
||||
--------------
|
||||
|
||||
Modifique alguns arquivos, e, então, adicione seu conteúdo atualizado ao
|
||||
índice:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git add file1 file2 file3
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Você está agora pronto para fazer o commit. Você pode ver o que está
|
||||
para ser gravado usando 'git-diff' com a opção --cached:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git diff --cached
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
(Sem --cached, o comando 'git-diff' irá te mostrar quaisquer mudanças
|
||||
que você tenha feito mas ainda não adicionou ao índice.) Você também
|
||||
pode obter um breve sumário da situação com 'git-status':
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git status
|
||||
# On branch master
|
||||
# Changes to be committed:
|
||||
# (use "git reset HEAD <file>..." to unstage)
|
||||
#
|
||||
# modified: file1
|
||||
# modified: file2
|
||||
# modified: file3
|
||||
#
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Se você precisar fazer qualquer outro ajuste, faça-o agora, e, então,
|
||||
adicione qualquer conteúdo modificado ao índice. Finalmente, grave suas
|
||||
mudanças com:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git commit
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Isto irá novamente te pedir por uma mensagem descrevendo a mudança, e,
|
||||
então, gravar a nova versão do projeto.
|
||||
|
||||
Alternativamente, ao invés de executar 'git-add' antes, você pode usar
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git commit -a
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
o que irá automaticamente notar quaisquer arquivos modificados (mas não
|
||||
novos), adicioná-los ao índices, e gravar, tudo em um único passo.
|
||||
|
||||
Uma nota em mensagens de commit: Apesar de não ser exigido, é uma boa
|
||||
idéia começar a mensagem com uma simples e curta (menos de 50
|
||||
caracteres) linha sumarizando a mudança, seguida de uma linha em branco
|
||||
e, então, uma descrição mais detalhada. Ferramentas que transformam
|
||||
commits em email, por exemplo, usam a primeira linha no campo de
|
||||
cabeçalho Subject: e o resto no corpo.
|
||||
|
||||
Git rastreia conteúdo, não arquivos
|
||||
----------------------------
|
||||
|
||||
Muitos sistemas de controle de revisão provêem um comando `add` que diz
|
||||
ao sistema para começar a rastrear mudanças em um novo arquivo. O
|
||||
comando `add` do git faz algo mais simples e mais poderoso: 'git-add' é
|
||||
usado tanto para arquivos novos e arquivos recentemente modificados, e
|
||||
em ambos os casos, ele tira o instantâneo dos arquivos dados e armazena
|
||||
o conteúdo no índice, pronto para inclusão do próximo commit.
|
||||
|
||||
Visualizando história do projeto
|
||||
-----------------------
|
||||
|
||||
Em qualquer ponto você pode visualizar a história das suas mudanças
|
||||
usando
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git log
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Se você também quer ver a diferença completa a cada passo, use
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git log -p
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Geralmente, uma visão geral da mudança é útil para ter a sensação de
|
||||
cada passo
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git log --stat --summary
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Gerenciando "branches"/ramos
|
||||
-----------------
|
||||
|
||||
Um simples repositório git pode manter múltiplos ramos de
|
||||
desenvolvimento. Para criar um novo ramo chamado "experimental", use
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git branch experimental
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Se você executar agora
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git branch
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
você vai obter uma lista de todos os ramos existentes:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
experimental
|
||||
* master
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
O ramo "experimental" é o que você acaba de criar, e o ramo "master" é o
|
||||
ramo padrão que foi criado pra você automaticamente. O asterisco marca
|
||||
o ramo em que você está atualmente; digite
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git checkout experimental
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
para mudar para o ramo experimental. Agora edite um arquivo, grave a
|
||||
mudança, e mude de volta para o ramo master:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
(edita arquivo)
|
||||
$ git commit -a
|
||||
$ git checkout master
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Verifique que a mudança que você fez não está mais visível, já que ela
|
||||
foi feita no ramo experimental e você está de volta ao ramo master.
|
||||
|
||||
Você pode fazer uma mudança diferente no ramo master:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
(edit file)
|
||||
$ git commit -a
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
neste ponto, os dois ramos divergiram, com diferentes mudanças feitas em
|
||||
cada um. Para unificar as mudanças feitas no experimental para o
|
||||
master, execute
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git merge experimental
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Se as mudanças não conflitam, está pronto. Se existirem conflitos,
|
||||
marcadores serão deixados nos arquivos problemáticos exibindo o
|
||||
conflito;
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git diff
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
vai exibir isto. Após você editar os arquivos para resolver os
|
||||
conflitos,
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git commit -a
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
irá gravar o resultado da unificação. Finalmente,
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ gitk
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
vai mostrar uma bela representação gráfica da história resultante.
|
||||
|
||||
Neste ponto você pode remover seu ramo experimental com
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ git branch -d experimental
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Este comando garante que as mudanças no ramo experimental já estão no
|
||||
ramo atual.
|
||||
|
||||
Se você desenvolve em um ramo ideia-louca, e se arrepende, você pode
|
||||
sempre remover o ramo com
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git branch -D crazy-idea
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Ramos são baratos e fáceis, então isto é uma boa maneira de experimentar
|
||||
alguma coisa.
|
||||
|
||||
Usando git para colaboração
|
||||
---------------------------
|
||||
|
||||
Suponha que Alice começou um novo projeto com um repositório git em
|
||||
/home/alice/project, e que Bob, que tem um diretório home na mesma
|
||||
máquina, quer contribuir.
|
||||
|
||||
Bob começa com:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
bob$ git clone /home/alice/project myrepo
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Isso cria um novo diretório "myrepo" contendo um clone do repositório de
|
||||
Alice. O clone está no mesmo pé que o projeto original, possuindo sua
|
||||
própria cópia da história do projeto original.
|
||||
|
||||
Bob então faz algumas mudanças e as grava:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
(editar arquivos)
|
||||
bob$ git commit -a
|
||||
(repetir conforme necessário)
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Quanto está pronto, ele diz a Alice para puxar as mudanças do
|
||||
repositório em /home/bob/myrepo. Ela o faz com:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
alice$ cd /home/alice/project
|
||||
alice$ git pull /home/bob/myrepo master
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Isto unifica as mudanças do ramo "master" do Bob ao ramo atual de Alice.
|
||||
Se Alice fez suas próprias mudanças no intervalo, ela, então, pode
|
||||
precisar corrigir manualmente quaiquer conflitos. (Note que o argumento
|
||||
"master" no comando acima é, de fato, desnecessário, já que é o padrão.)
|
||||
|
||||
O comando "pull" executa, então, duas operações: ele obtém mudanças de
|
||||
um ramo remoto, e, então, as unifica no ramo atual.
|
||||
|
||||
Note que, em geral, Alice gostaria que suas mudanças locais fossem
|
||||
gravadas antes de iniciar este "pull". Se o trabalho de Bobo conflita
|
||||
com o que Alice fez desde que suas histórias se ramificaram, Alice irá
|
||||
usar seu diretório de trabalho e o índice para resolver conflitos, e
|
||||
mudanças locais existentes irão interferir com o processo de resolução
|
||||
de conflitos (git ainda irá realizar a obtenção mas irá se recusar a
|
||||
unificar --- Alice terá que se livrar de suas mudanças locais de alguma
|
||||
forma e puxar de novo quando isso acontecer).
|
||||
|
||||
Alice pode espiar o que Bob fez sem unificar primeiro, usando o comando
|
||||
"fetch"; isto permite Alice inspecionar o que Bob fez, usando um símbolo
|
||||
especial "FETCH_HEAD", com o fim de determinar se ele tem alguma coisa
|
||||
que vale puxar, assim:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
alice$ git fetch /home/bob/myrepo master
|
||||
alice$ git log -p HEAD..FETCH_HEAD
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Esta operação é segura mesmo se Alice tem mudanças locais não gravadas.
|
||||
A notação de intervalo "HEAD..FETCH_HEAD" significa mostrar tudo que é
|
||||
alcançável de FETCH_HEAD mas exclua tudo que é alcançável de HEAD. Alcie
|
||||
já sabe tudo que leva a seu estado atual (HEAD), e revisa o que Bob tem
|
||||
em seu estado (FETCH_HEAD) que ela ainda não viu com esse comando.
|
||||
|
||||
Se Alice quer visualizar o que Bob fez desde que suas história
|
||||
ramificaram, ela pode disparar o seguinte comando:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ gitk HEAD..FETCH_HEAD
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Isto usar a mesma notação de intervaldo que vimos antes com 'git log'.
|
||||
|
||||
Alice pode querer ver o que ambos fizeram desde que ramificaram. Ela
|
||||
pode usar a forma com três pontos ao invés da forma com dois pontos:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
$ gitk HEAD...FETCH_HEAD
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Isto significa "mostre tudo que é alcançavel de qualquer um, mas exclua
|
||||
tudo que é alcançavel a partir de ambos".
|
||||
This means "show everything that is reachable from either one, but
|
||||
exclude anything that is reachable from both of them".
|
||||
|
||||
Por favor, note que essas notações de intervalo podem ser usadas tanto
|
||||
com gitk quanto com "git log".
|
||||
|
||||
Apoós inspecionar o que Bob fez, se não há nada urgente, Alice pode
|
||||
decidir continuar trabalhando sem puxar de Bob. Se a história de Bob
|
||||
tem alguma coisa que Alice precisa imediatamente, Alice pode optar por
|
||||
separar seu trabalho em progresso primeiro, fazer um "pull", e, então,
|
||||
finalmente, retomar seu trabalho em progresso em cima da história
|
||||
resultante.
|
||||
|
||||
Quanto você está trabalhando em um pequeno grupo unido, não é incomum
|
||||
interagir com o mesmo repositório várias e várias vezes. Definindo um
|
||||
repositório remoto antes de tudo, você pode fazê-lo mais facilmente:
|
||||
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
alice$ git remote add bob /home/bob/myrepo
|
||||
------------------------------------------------
|
||||
|
||||
Com isso, Alice pode executar a primeira parte da operação "pull" usando
|
||||
o comando 'git-fetch' sem unificar suas mudanças com seu próprio ramo,
|
||||
usando:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
alice$ git fetch bob
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Diferente da forma longa, quando Alice obteve de Bob usando um
|
||||
repositório remoto antes definido com 'git-remote', o que foi obtido é
|
||||
armazenado um ramo remoto, neste caso `bob/master`. Então, após isso:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
alice$ git log -p master..bob/master
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
mostra uma lista de todas as mudanças que Bob fez desde que ramificou do
|
||||
ramo master de Alice.
|
||||
|
||||
Após examinar essas mudanças, Alice pode unificá-las em seu ramo master:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
alice$ git merge bob/master
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Esse `merge` pode também ser feito puxando de seu próprio ramo remoto,
|
||||
assim:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
alice$ git pull . remotes/bob/master
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Note que 'git pull' sempre unifica ao ramo atual, independente do que
|
||||
mais foi dado na linha de comando.
|
||||
|
||||
Depois, Bob pode atualizar seu repositório com as últimas mudanças de
|
||||
Alice, usando
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
bob$ git pull
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Note que ele não precisa dar o caminho do repositório de Alice; quando
|
||||
Bob clonou seu repositório, o git armazenou a localização de seu
|
||||
repositório na configuração do repositório, e essa localização é usada
|
||||
para puxar:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
bob$ git config --get remote.origin.url
|
||||
/home/alice/project
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
(A configuração completa criada por 'git-clone' é visível usando `git
|
||||
config -l`, e a página de manual linkgit:git-config[1] explica o
|
||||
significado de cada opção.)
|
||||
|
||||
Git também mantém uma cópia limpa do ramo master de Alice sob o nome
|
||||
"origin/master":
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
bob$ git branch -r
|
||||
origin/master
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Se Bob decidir depois em trabalhar em um host diferente, ele ainda pode
|
||||
executar clones e puxar usando o protocolo ssh:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
bob$ git clone alice.org:/home/alice/project myrepo
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Alternativamente, o git tem um protocolo nativo, ou pode usar rsync ou
|
||||
http; veja linkgit:git-pull[1] para detalhes.
|
||||
|
||||
Git pode também ser usado em um modo parecido com CVS, com um
|
||||
repositório central para o qual que vários usuários empurram
|
||||
modificações; veja linkgit:git-push[1] e linkgit:gitcvs-migration[7].
|
||||
|
||||
Explorando história
|
||||
-----------------
|
||||
|
||||
A história no git é representada como uma série de commits
|
||||
interrelacionados. Nós já vimos que o comando 'git-log' pode listar
|
||||
esses commits. Note que a primeira linha de cama entrada no log também
|
||||
dá o nome para o commit:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git log
|
||||
commit c82a22c39cbc32576f64f5c6b3f24b99ea8149c7
|
||||
Author: Junio C Hamano <junkio@cox.net>
|
||||
Date: Tue May 16 17:18:22 2006 -0700
|
||||
|
||||
merge-base: Clarify the comments on post processing.
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Nós podemos dar este nome ao 'git-show' para ver os detalhes sobre este
|
||||
commit.
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git show c82a22c39cbc32576f64f5c6b3f24b99ea8149c7
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Mas há outras formas de se referir a commits. Você pode usar qualquer
|
||||
parte inicial do nome que seja longo o bastante para unicamente
|
||||
identificar o commit:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git show c82a22c39c # os primeiros caracteres do nome são o bastante
|
||||
# usualmente
|
||||
$ git show HEAD # a ponta do ramo atual
|
||||
$ git show experimental # a ponta do ramo "experimental"
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Todo commit usualmente tem um commit "pai" que aponta para o estado
|
||||
anterior do projeto:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git show HEAD^ # para ver o pai de HEAD
|
||||
$ git show HEAD^^ # para ver o avô de HEAD
|
||||
$ git show HEAD~4 # para ver o trisavô de HEAD
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Note que commits de unificação podem ter mais de um pai:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git show HEAD^1 # mostra o primeiro pai de HEAD (o mesmo que HEAD^)
|
||||
$ git show HEAD^2 # mostra o segundo pai de HEAD
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Você também pode dar aos commits nomes seus; após executar
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git tag v2.5 1b2e1d63ff
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
você pode se referir a 1b2e1d63ff pelo nome "v2.5". Se você pretende
|
||||
compartilhar esse nome com outras pessoas (por exemplo, para identificar
|
||||
uma versão de lançamento), você deve criar um objeto "tag", e talvez
|
||||
assiná-lo; veja linkgit:git-tag[1] para detalhes.
|
||||
|
||||
Qualquer comando git que precise conhecer um commit pode receber
|
||||
quaisquer desses nomes. Por exemplo:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git diff v2.5 HEAD # compara o HEAD atual com v2.5
|
||||
$ git branch stable v2.5 # inicia um novo ramo chamado "stable" baseado
|
||||
# em v2.5
|
||||
$ git reset --hard HEAD^ # reseta seu ramo atual e seu diretório de
|
||||
# trabalho a seu estado em HEAD^
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Seja cuidadoso com o último comando: além de perder quaisquer mudanças
|
||||
em seu diretório de trabalho, ele também remove todos os commits
|
||||
posteriores desse ramo. Se esse ramo é o único ramo contendo esses
|
||||
commits, eles serão perdidos. Também, não use 'git-reset' num ramo
|
||||
publicamente visível de onde outros desenvolvedores puxam, já que vai
|
||||
forçar unificações desnecessárias para que outros desenvolvedores limpem
|
||||
a história. Se você precisa desfazer mudanças que você empurrou, use
|
||||
'git-revert' no lugar.
|
||||
|
||||
O comando 'git-grep' pode buscar strings em qualquer versão de seu
|
||||
projeto, então
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git grep "hello" v2.5
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
procura por todas as ocorreências de "hello" em v2.5.
|
||||
|
||||
Se você deixar de fora o nome do commit, 'git-grep' irá procurar
|
||||
quaisquer dos arquivos que ele gerencia no diretório corrente. Então
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git grep "hello"
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
é uma forma rápida de buscar somente os arquivos que são rastreados pelo
|
||||
git.
|
||||
|
||||
Muitos comandos git também recebem um conjunto de commits, o que pode
|
||||
ser especificado de um bom número de formas. Aqui estão alguns exemplos
|
||||
com 'git-log':
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git log v2.5..v2.6 # commits entre v2.5 e v2.6
|
||||
$ git log v2.5.. # commits desde v2.5
|
||||
$ git log --since="2 weeks ago" # commits das últimas 2 semanas
|
||||
$ git log v2.5.. Makefile # commits desde v2.5 que modificam
|
||||
# Makefile
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Você também pode dar ao 'git-log' um "intervalo" de commits onde o
|
||||
primeiro não é necessariamente um ancestral do segundo; por exemplo, se
|
||||
as pontas dos ramos "stable" e "master" divergiram de um commit
|
||||
comum algum tempo atrás, então
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git log stable..master
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
irá listas os commits feitos no ramo "master" mas não no ramo
|
||||
"stable", enquanto
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git log master..stable
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
irá listar a lista de commits feitos no ramo "stable" mas não no ramo
|
||||
"master".
|
||||
|
||||
O comando 'git-log' tem uma fraquza: ele precisa mostrar os commits em
|
||||
uma lista. Quando a história tem linhas de desenvolvimento que
|
||||
divergiram e então foram unificadas novamente, a ordem em que 'git-log'
|
||||
apresenta essas mudanças é insignificante.
|
||||
|
||||
A maioria dos projetos com múltiplos contribuidores (como o kernel
|
||||
linux, ou o git mesmo) tem unificações frequentes, e 'gitk' faz um
|
||||
trabalho melhor de visualizar sua história. Por exemplo,
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ gitk --since="2 weeks ago" drivers/
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
permite você navegar em quaisquer commits desde as últimas duas semanas
|
||||
de commits que modificaram arquivos sob o diretório "drivers". (Nota:
|
||||
você pode ajustar as fontes do gitk segurando a tecla control enquanto
|
||||
pressiona "-" ou "+".)
|
||||
|
||||
Finalmente, a maioria dos comandos que recebem nomes de arquivo
|
||||
te permitirão opcionalmente preceder qualquer nome de arquivo por um
|
||||
commit, para especificar uma versão particular do arquivo:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git diff v2.5:Makefile HEAD:Makefile.in
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Você pode usar 'git-show' para ver tal arquivo:
|
||||
|
||||
-------------------------------------
|
||||
$ git show v2.5:Makefile
|
||||
-------------------------------------
|
||||
|
||||
Próximos passos
|
||||
----------
|
||||
|
||||
Este tutorial deve ser o bastante para operar controle de revisão
|
||||
distribuído básico para seus projetos. No entanto, para entender
|
||||
plenamente a profundidade e o poder do git você precisa entender duas
|
||||
idéias simples nas quais ele se baseia:
|
||||
|
||||
* A base de objetos é um sistema bem elegante usado para armazenar a
|
||||
história de seu projeto--arquivos, diretórios, e commits.
|
||||
|
||||
* O arquivo de índica é um cache do estado de uma árvore de diretório,
|
||||
usado para criar commits, restaurar diretórios de trabalho, e
|
||||
compreender as várias árvores involvidas em uma unificação.
|
||||
|
||||
Parte dois deste tutorial explica a base de objetos, o arquivo de
|
||||
índice, e algumas outras coisinhas que você vai precisar pra usar o
|
||||
máximo do git. Você pode encontrá-la em linkgit:gittutorial-2[7].
|
||||
|
||||
Se você não quer continuar do jeito certo, algumas outras disgressões
|
||||
que podem ser interessantes neste ponto são:
|
||||
|
||||
* linkgit:git-format-patch[1], linkgit:git-am[1]: Estes convertem
|
||||
séries de commits em patches em email, e vice-versa, úteis para
|
||||
projetos como o kernel linux que dependem pesadamente em patches
|
||||
enviados por email.
|
||||
|
||||
* linkgit:git-bisect[1]: Quando há uma regressão em seu projeto, uma
|
||||
forma de rastrear um bug é procurando pela história para encontrar o
|
||||
commit culpado. Git bisect pode ajudar a executar uma busca binária
|
||||
por esse commit. Ele é inteligente o bastante para executar uma
|
||||
busca próxima da ótima mesmo no caso de uma história complexa
|
||||
não-linear com muitos ramos unificados.
|
||||
|
||||
* link:everyday.html[GIT diariamente com 20 e tantos comandos]
|
||||
|
||||
* linkgit:gitcvs-migration[7]: Git para usuários de CVS.
|
||||
|
||||
Veja Também
|
||||
--------
|
||||
linkgit:gittutorial-2[7],
|
||||
linkgit:gitcvs-migration[7],
|
||||
linkgit:gitcore-tutorial[7],
|
||||
linkgit:gitglossary[7],
|
||||
linkgit:git-help[1],
|
||||
link:everyday.html[git diariamente],
|
||||
link:user-manual.html[O Manual do Usuário git]
|
||||
|
||||
GIT
|
||||
---
|
||||
Parte da suite linkgit:git[1].
|
Loading…
Reference in New Issue
Block a user